Um jurista que ganha prémios a fazer música para Hollywood
Nome desconhecido para muitos portugueses, André Barros vai dando que falar lá fora. O novo disco reúne composições para bandas sonoras de filmes, e uma delas foi premiada em Los Angeles.
A entrega a uma vocação não tem hora marcada. Que o diga André Barros, nascido na Marinha Grande em 1984. Depois de uma licenciatura em Direito, achou que gostava mesmo era de compor. Sem formação musical prévia, aprendeu em dois anos o suficiente para colaborar em vários filmes estrangeiros, estar representado na última edição do Festival de Cannes, ser premiado nos Estados Unidos e editar dois discos. O mais recente, Sound-tracks Vol. I, foi apresentado no CCB e na Casa da Música, no início de junho.
"Estava a frequentar o último ano de Direito quando, pela primeira vez, toquei num piano. Quis fazê-lo porque há já muito tempo que admirava vários temas com esse instrumento, sobretudo bandas sonoras, e uma dessas músicas, de O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, não me saía da cabeça. Comprei um piano digital e comecei a explorar. Rapidamente percebi o imenso prazer que me dá compor. Sempre segui os meus instintos, e isso, aliado ao grande apoio da minha família, afastou-me do Direito".
In: DN