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Filarmónica Recreativa Cortense

Filarmónica Recreativa Cortense

Cortes do Meio, Concelho da Covilhã, Distrito de Castelo Branco

“Com a viola beiroa, as mãos seguem o seu caminho”

O único tocador de viola beiroa, Alísio Saraiva, juntou-se a Miguel Carvalhinho, músico e professor, para tirarem do esquecimento este tradicional instrumento da Beira Baixa

Esquecida durante demasiados anos, a viola beiroa, também conhecida por viola de Castelo Branco, está a ressurgir pelas mãos de dois músicos que o Inatel juntou. Miguel Carvalhinho, professor na Escola Superior de Artes Aplicadas em Castelo Branco, foi convidado por aquela fundação para se juntar a Alísio Saraiva, músico residente no Retaxo, para um projeto de formação em viola beiroa. O objetivo final será o de reintroduzir este instrumento tradicional da Beira Baixa em agrupamentos musicais, sobretudo em Ranchos Folclóricos, de onde desapareceu há muitos anos atrás.

Pouco documentada, a viola beiroa ocupava o papel do acordeão ou da guitarra clássica, instrumentos que lhe tiraram o lugar enquanto instrumento de acompanhamento. Esta é a explicação mais plausível para o desaparecimento da viola beiroa que o mestre Alísio, de 62 anos, descobriu em 1994. A secretaria de Estado da Cultura tinha acabado de oferecer duas destas violas a dois grupos musicais da região, mas ninguém sabia o que fazer com tais instrumentos. “Não se tinha conhecimentos sobre afinação, acordes, nada”, recorda Alísio Saraiva, que pegou nas violas oferecidas e não mais as largou.

 

Toda a reportagem na edição semanal do "Jornal do Fundão".