Júlio Resende, conceituado pianista e compositor português, apresenta-se em Idanha-a-Nova no dia 1 de julho (domingo), pelas 21h30, para um concerto no Centro Cultural Raiano.
Num espetáculo dedicado a Amália, o músico assume o desafio de “trazer o Fado ao piano”, dando corpo a um álbum que inclui “Medo”, um dueto virtual e póstumo com a diva do Fado.
Júlio Resende é o único músico no mundo a quem foi autorizada a utilização, em disco e ao vivo, da voz de Amália. Este concerto é uma viagem improvisada, sem destino, ao contrário do Fado, mas com vontade de atracar em terra firme. E à chegada rir ou chorar e sentir-se feliz pelo caminho.
É uma oportunidade para ouvir um dos mais reconhecidos músicos portugueses em Idanha-a-Nova, Cidade Criativa da Música da UNESCO.
Os bilhetes têm o preço de 5 euros e já estão à venda, junto do CCR (reservas 277 202 900).
Horário da bilheteira (terça a domingo): 9h-13h /14h-17h e 1 hora antes da sessão agendada.
É já hoje que Shakira regressa a Lisboa. Cantora esteve em França, antes na Suíça e só termina em novembro na Colômbia.
Shakira sai do concerto em êxtase e abraça toda a equipa. Músicos, técnicos, produção. Agarra o intercomunicador e espalha a mensagem nos bastidores da Barclay Arena, em Hamburgo, onde acaba de dar o pontapé de saída da El Dorado World Tour, no início de junho, o primeiro de 55 concertos pela Europa, América e Ásia. O último acontece em novembro na capital do seu país, Bogotá.
Shakira irradia felicidade e sentimento de missão cumprida, nos minutos após ter saído do palco, num frenesim de emoções. "Estava com medo de ter o cabelo no ar no ecrã", pode ouvir-se no vídeo do concerto disponibilizado na sua página de Facebook. Os fãs ainda a chamam à boca do palco, ela responde aos pulos e sorrisos, já de casaco vestido, para não arrefecer. Ainda está afogueada quando entra na carrinha e abraça familiares.
Amanhã, será a vez de Lisboa matar saudades dela, num regresso muito aguardado a Portugal, depois do último concerto no mesmo local há oito anos. Na bagagem, traz o novo El Dorado, o 11.º álbum da sua carreira, com 13 temas em espanhol, inglês e francês, e com participações de Maluma, Nicky Jam, entre outros. No dia de lançamento, em maio do ano passado, o disco foi número um no iTunes em mais de 30 países. Em parceria com o também cantor colombiano Maluma, Shakira fez história com Chantage, arrecadando mais de dois mil milhões de visualizações no YouTube e primeiro lugar na tabela Billboard Hot Songs da música latina. No alinhamento do concerto, também são esperados os temas icónicos que a catapultaram para o sucesso como Whenever, Wherever, La Tortura, ou recuando mais, Estoy aqui. Canções que, segundo a promotora Ritmos e Blues, serão cantadas por mais de 18 mil pessoas que já têm bilhete para a ver na Altice Arena.
A 'master', com os sete temas gravados em 1963, tinha sido dada como perdida
Um álbum perdido do saxofonista norte-americano John Coltrane foi encontrado 55 anos depois da sua gravação e será lançado no próximo dia 29, com o título "Both Directions At Once: The Lost Album", anunciou a discográfica Impulse!.
Gravado numa só sessão, no dia 06 de março de 1963, nos estúdios de Rudy Van Gelder, em Nova Jérsia, Estados Unidos, "Both Directions At Once" contou com a participação do contrabaixista Jimmy Garrison, do baterista Elvin Jones e do pianista McCoy Tyner, que na altura compunham o quarteto de John Coltrane.
A 'master', com os sete temas gravados do álbum, foi dada como perdida, depois de a editora Impulse!, no início dos anos 1970, ter destruído material armazenado em Nova Iorque, para aumentar o espaço disponível.
A gravação, porém, foi agora encontrada, porque John Coltrane, na altura da gravação, deu a 'fita' de referência à mulher, Naima, que a manteve na sua posse, mesmo depois do divórcio de ambos, em 1966.
O saxofonista Sonny Rollins, que gravou o álbum histórico "Tenor Madness" com John Coltrane, disse ao jornal britânico The Guardian que esta descoberta, pela sua importância, era como "encontrar uma nova sala numa grande pirâmide".
Entre as sete faixas estão duas composições originais inéditas, "Untitled Original 11383" e "Untitled Original 11386", ambas tocadas com saxofone soprano.
Outra composição descoberta, "One Up, One Down", foi ouvida apenas num espetáculo ao vivo no clube de jazz Birdland, e nunca nesta versão de estúdio.
As sessões apanham Coltrane num "momento importante" do seu percurso, durante os chamados "anos Impulse!", entre os álbuns "Ballads" (1962) e "A Love Supreme" (1964), gravados para esta editora, a poucos meses das atuações que, entre outubro e novembro de 1963, deram origem ao histórico "Live at Birdland".
A data de gravação de "Both Directions At Once" revela-se agora, igualmente, de referência: exatamento na véspera do encontro de John Coltrane com o cantor Johnny Hartman, para o álbum que ambos fizeram em parceria, em 07 de março de 1963.
Coltrane estava então a dois anos de "Ascension", o disco em que a formação clássica de quarteto daria lugar a uma 'big band', com músicos como Freddie Hubbard, Dewey Johnson, Pharoah Sanders e Archie Shepp a juntarem-se a McCoy Tyner, Garrison e Elvin Jones, e já com a estétca do 'free jazz' a manifestar-se na sua expressão.
"Both Directions At Once" congrega temas como "Slow Blues", "Impressions" e "Nature Boy", de Nat King Cole, além dos inéditos "11383" e "11386", com o quarteto num estilo mais 'tradicional', revisitando um tema melódico entre solos.
"Este é o quarteto de Coltrane que se começa a mover para um blues 'estranho', com novas músicas e ajustando impressões, e isso é muito importante", disse o crítico de jazz Ben Ratliff, citado pelo jornal britânico.
O saxofonista Wayne Shorter, da geração que sucedeu a Coltrane, influenciada pelo criador de "Blue Train", entrevistado para as notas que acompanham o álbum, disse que o título "Both Directions at Once" tem origem na explicação que o saxofonista dava do seu próprio 'método': "Começar uma frase [musical] no meio, e depois avançar para o começo e para o fim".
O saxofonista britânico Evan Parker disse ao The Guardian: "Esta edição é muito bem-vinda. [Reúne] o 'quarteto clássico' com que Coltrane fez o seu melhor trabalho".
Ben Ratliff acrescentou que, acima de tudo, "Both Directions at Once" é um estudo sobre "quão seriamente forte" era este quarteto de Coltrane, "e quão poderosa a sua intenção" se tornou.
John Coltrane morreu em 1967, aos 40 anos, depois da edição de "Expression", gravado com Alice Coltrane, Pharoah Sanders, Jimmy Garrison e Rashied Ali.
Em pouco mais de uma década, Coltrane gravou dezenas de álbuns como "Blue Train", "Giant Steps", "My Favorite Things", que também definiram as vias do jazz, tendo trabalhado com músicos como Thelonious Monk e Miles Davis e gravado para editoras como Prestige, Blue Note, Atlantic e Impulse!.
Entre os álbuns publicados após a sua morte contam-se "Cosmic Music", Stellar Regions" e Interstellar Space".
A pré-audição do original "11383" encontra-se já disponível na página da "renascida" Impulse! Records, em www.impulse-label.com.
A União Europeia de Radiofusão pretende que o festival da Eurovisão se realize num lugar "menos controverso" do que Jerusalém, cidade dividida entre israelitas e palestinianos desde 1967.
Israel admite que as cidades de Tel Aviv, Haifa e Eilat, além de Jerusalém, também sejam candidatas à realização do Festival da Eurovisão da Canção em 2019, noticiou o jornal israelita Haretz.
A proposta ocorre depois das exigências da União Europeia de Radiofusão (UER/EBU), que pretendia que o festival se realizasse num lugar “menos controverso” do que Jerusalém, e à qual a comunidade internacional não reconhece a soberania de Israel, noticiou a Lusa.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, concordou que o Governo se afastará da escolha da cidade onde o festival se irá realizar, na sequência da vitória de Netta Barzilai, em Lisboa, com o tema “Toy”.
Segundo o jornal israelita, Netanyahu tomou esta decisão com os ministros das Finanças e das Comunicações, Moshe Kahlon e Ayoub Kara, respectivamente, e com a procuradora Geral do Estado, Avichai Mendelblit.
A decisão foi transmitida à ministra da Cultura e do Desporto, Miri Reguev, que, na semana passada, insistira na realização do festival da Eurovisão em Jerusalém, em 2019, defendendo que, caso contrário, "não deveria ter lugar no país". Estas declarações da ministra enquadram-se na estratégia de promover o reconhecimento da soberania israelita na cidade.
Membros da UER informaram a emissora pública israelita Kan de que não tinham objecção a colocar a Jerusalém, como palco da competição, mas mostraram desconforto pela politização do processo. O canal público de Israel Kan e a UER vão reunir-se na próxima semana, e as cidades de Tel Aviv e Haifa, ambas na costa do Mediterrâneo, Eilat e Jerusalém deverão estar na agenda, como possíveis locais para o Festival da Eurovisão, segundo a Lusa.
Jerusalém já recebeu a Eurovisão em 1979 e 1999, mas a recente controvérsia sobre seu statu quo gerou novas tensões no conflito israelo-palestiniano, e no consenso internacional sobre a cidade.
A organização do Festival da Eurovisão avisou os fãs do concurso para ainda não procederem à reserva dos voos para Israel e pediu para esperarem por informações oficiais.
A dez dias do arranque da oitava edição do Rock in Rio Lisboa, a Vodafone Portugal e a organização anunciam o lançamento de um novo projeto de cariz tecnológico - a aplicação Digital Rock City.
Através da funcionalidade Smart Check-in, as inscrições nas atrações do recinto – roda gigante e slide – serão realizadas num formato totalmente digital. "Esta inovação, nunca antes usada no Rock in Rio ou num evento de música em Portugal, evita filas de espera e torna o processo de inscrição mais simples e célere", frisa a organização em comunicado.
Na prática, esta solução importa para a Cidade do Rock um conceito de check-in semelhante ao utilizado nos aeroportos. Bastará aos espectadores efetuarem o download da Aplicação Vodafone Rock in Rio, registarem-se na atração que pretendem e no horário que desejam, dentro das disponibilidades existentes e das reservas já em curso. A App confirmará a hora prevista de entrada e gerará um QRCode que será utilizado no acesso à diversão selecionada.
Ricardo Acto, vice-presidente de Operações do Rock in Rio, considera que “a Digital Rock City mostra como o Rock in Rio Lisboa evolui, ano após ano, para acompanhar quer as tendências de um universo cada vez mais digital, quer a evolução das necessidades, comportamentos e expectativas dos diferentes públicos que passam pelo evento. "Por exemplo, a solução Smart Check-in mostra a integração de uma experiência digital nas tradicionais diversões do recinto. Paralelamente, todas as soluções, com o selo da qualidade Vodafone, permitirão à Organização identificar oportunidades de melhoria para uma gestão mais eficiente e sustentável”, acrescenta.
A Câmara de Belmonte volta a apostar no projecto “Há Música no Coreto” com três concertos.
Desta vez o projecto promove algumas das vozes que passaram pelo concurso dos “Novos Talentos 2018” promovido no passado mês de Fevereiro pela autarquia de Belmonte.
Coverkill (28 Junho), José Ninguém (26 Julho) e Boa Onda (30 Agosto) são as propostas do projecto “Há Música no Coreto”.
Roberta Medina garante que a próxima edição do festival Rock in Rio em Lisboa vai voltar a ser muito intensa. A organização apresentou o espaço, já na fase dos últimos preparativos.
É como "parque temático da música e entretenimento" que a vice-presidente executiva do Rock in Rio, Roberta Medina, apresentou a edição deste ano do festival, prometendo quatro dias "muito intensos", a quem nos dois próximos fins-de-semana se deslocar ao Parque da Bela Vista, por estes dias ainda transformado num imenso estaleiro. Aos poucos, porém, tudo começa a ganhar forma, como o DN teve ocasião de comprovar, numa vista guiada ao recinto, que este ano conta com bastantes novidades.
"Quisemos fazer tudo de novo, criando vários espaços de raiz, para conseguir continuar a surpreender o público, tanto a quem vem pela primeira vez como àqueles que nunca falharam uma edição", afirma Pedro Marques, o coordenador de operações do Rock in Rio, enquanto nos mostra o novo Pop District, uma enorme área dedicada à cultura popular, que é uma das grandes novidades deste ano, onde a todo o momento o público pode ser surpreendido por espetáculos de dança com sósias de cantores, atores e personagens de filmes e videojogos.
O Pop District contará com um espaço dedicado ao cinema, onde ocorrerão várias performances e encontros e de atores com o público, com uma arena de gamming - "uma novidade em festivais de música", como realçou Roberta Medina - onde se disputarão várias finais de campeonatos de jogos de vídeo, e com um palco, o Super Bock Digital Stage, com início logo às 12.30 e que promete ser um dos locais mais concorridos do recinto.
A programação deste palco, conforme explicou Roberta Medina, "contará com um pouco de tudo" e será composta por cerca de uma centena de "influenciadores", como foram apresentados por esta responsável, que saltam diretamente da internet para o Rock in Rio. É o caso da bloguer Bumba na Fofinha, do mágico Windoh, do youtuber D4rkframe ou do quarteto Cavalinho da Chuva, composto por Rui Unas, César Mourão, Salvador Martinha e Frederico Pombares.
Ao todo, serão 36 horas de entretenimento puro e duro, durante os quatro dias de festival, promovendo uma interação direta entre o público e os seus "ídolos digitais", muitos deles a deixar os ecrãs para se apresentarem ao vivo pela primeira vez.
Para melhor organizar a circulação do público, a organização do Rock in Rio preparou este ano três rotas temáticas: a rota das selfies, a rota dos brindes (um dos clássicos desde festival) e a rota da gastronomia, que este ano terá uma das suas paragens obrigatórias no novo Time Out Market, composto por 14 bancas de comes e bebes, com a presença garantida de cinco chefes galardoados com estrelas Michelin.
Entre as inúmeras atrações extramusicais do festival, nas quais se mantêm clássicos como o Roda Gigante ou o slide, há ainda que destacar uma réplica, em tamanho real, da TIE Advanced X1, uma das mais famosas naves da saga Guerra das Estrelas, que irá aterrar no Parque da Bela Vista, e um Dino Parque com dez réplicas de dinossauros em tamanho real, onde os mais novos se podem divertir a escavar o esqueleto de um destes animais pré-históricos.
Música para todos os gostos
No meio de tanta animação, é caso para dizer que, o mais difícil é mesmo conseguir arranjar tempo para assistir aos concertos. Serão três os palcos onde o público pode assistir a espetáculos musicais. Uma das principais novidades é o palco instalado na EDP Rock Street, que este ano terá uma programação exclusivamente dedicada à música africana e por onde passarão nomes como o angolano Bonga e os guineenses Tabanka Djaz e Kimi Djabaté (a 23), os cabo-verdianos Ferro Gaita, o luso-cabo-verdiano Karlon e o rapper belga de origem congolesa Baloji (a 24), os angolanos Nástio Mosquito e Jack Nkanga e o músico da Guiné Conacri Moh Kouyaté (a 29) e finalmente a moçambicana Selma Uamusse, o coletivo sul-africano Batuk e o angolano Paulo Flores (a 30).
Com cerca de 450 metros quadrados e 160 módulos de LED, o Music Valley é outro dos novos palcos da Cidade do Rock e contará com 14 horas de música por dia, a cargo de alguns dos maiores nomes da atual música portuguesa, como é o caso de Carolina Deslandes, Moullinex, Da Chick, de HMB, Mishlawi e do coletivo luso-brasileiro Língua Franca (que se irá apresentar com Sara Tavares), dos Capitão Fausto e de Manel Cruz ou de Karetus, Blaya e Carlão. Este palco será também o local das famosas Pool Parties animadas ao som de DJ"s, e de festas que se prolongam noite fora. Depois dos concertos, como a edição especial Rock in Rio da Revenge of the 90"s, marcada para o dia 29, com a presença dos convidados especiais Haddaway, Crazy Town e Ena Pá 2000.
Novo palco principal
Nesta renovada edição do Rock in Rio, também o palco mundo, o principal do festival, se apresenta de cara lavada. "Conseguimos, pela primeira vez, construir um palco cem por cento português", sublinha Pedro Marques. A cenografia é agora formada por painéis côncavos e convexos, de chapa branca (anteriormente o palco era metálico), formando uma rede que "representa a interatividade entre artistas e público". O sistema de som foi também ele reforçado, com oito torres de delay que permitem o som chegar a mais áreas e com melhor qualidade. São 2500 metros quadrados de palco, com 80 metros de comprimento, 27 de altura, 500 mil watts de som e mais de 400 projetores. Quanto à música, começa aqui a ouvir-se às 18.00.
A 23 de junho, o primeiro a subir ao palco é o português Diogo Piçarra, que preparou "um espetáculo especial para esta ocasião, com alguns convidados", como o próprio revelou ao DN. Seguem-se depois as americanas Haim e os ingleses Bastille e Muse, que ostentam o estatuto de cabeças-de-cartaz desta primeira noite.
Para o segundo dia do festival, sábado, 23, o único até à data já esgotado, está reservado o nome mais forte da edição de 2018, o cantor americano Bruno Mars, que nos últimos anos se tem afirmado como mais bem-sucedidos artistas da história da pop, de regresso a Portugal pela terceira vez, depois de dois concertos em nome próprio no Pavilhão Atlântico. Antes, atuam ainda o português Agir, a brasileira Anitta e a americana Demi Lovato.
O segundo fim-de-semana de festival começa, a 29 de junho, com um dia dedicado a sonoridades mais rock e alternativas, com a presença dos britânicos James e The Chemical Brothers, dos portugueses Xutos e Pontapés (que nunca falharam uma edição do Rock in Rio) e dos americanos The Killers.
A despedida desta edição está marcada para 30 de junho e far-se-á ao som da inglesa Katy Perry, que encerra uma noite totalmente no feminino, na qual atuarão ainda a americana Hailee Steinfeld, a brasileira Ivete Sangalo (outra totalista do Rock in Rio) e a também britânica Jessie J.