3ª Edição do Festival de Música Antiga de Castelo Novo. 24, 25 e 26 JUL.
O Festival de Música Antiga de Castelo Novo, no concelho do Fundão, que abre na próxima sexta-feira, propõe a interpretação das diferentes composições “à luz das práticas dos períodos medieval, renascentista e barroco”.
Em comunicado, o diretor artístico do Festival, o músico e investigador Pedro Rafael Costa, realça também que os músicos utilizam “instrumentos ou cópias de instrumentos originais, procurando reproduzir, nos nossos dias, as sonoridades do passado”.
Nesta terceira edição, a organização destaca a presença, pela primeira vez, de um órgão positivo, “instrumento que no período barroco foi muito apreciado”, e que permite ser transportado e não estar fixo num espaço, habitualmente eclesiástico.
“Este instrumento estará presente em três dos concertos do Festival, desempenhando as várias funções para o qual era requerido, isto é, como solista, no desempenho do Baixo Contínuo [acompanhamento] e adaptado como substituto dos restantes instrumentos do trecho musical original”, afirma Pedro Rafael Costa.
O certame abre na sexta-feira, 24 de julho, com a Este-Estação Teatral, que apresenta “A entrada do rei”, de Jacinto Cordeiro, peça estreada no Festival de Teatro Clássico de Alcantara, em Espanha, no ano passado.
O primeiro concerto, “Diálogos entre a viola de gamba, o violoncelo e o cravo”, no sábado, 25 de julho, às 11:00, realiza-se na capela da Misericórdia, pela Camerata da Cotovia, constituída por Jacinto Mateus (cravo), José Mateus (viola de gamba) e Miguel Rocha (violoncelo barroco), que “fará soar a música da transição do período barroco para o clássico”.
O segundo concerto realiza-se neste mesmo dia, à tarde, na igreja matriz, sendo o programa constituído por árias barrocas de Vivaldi e Handel, bem como o Stabat Mater, de Giovanni Battista Pergolesi, por Ariana Moutinho Russo (soprano) e Rita Morão Tavares (contralto), acompanhadas por Sérgio Silva, em órgão positivo.
Ainda no sábado, às 17:00, na capela de Sant’Ana, realiza-se um recital com instrumentos de cordas dedilhadas, por Maria Correia, que apresentará “essencialmente danças dos séculos XVII e XVIII, de autores italianos e ibéricos, tangendo para o efeito um magnífico arquialaúde e uma guitarra barroca”.
À noite apresenta-se, nos jardins da Quinta do Ouriço, um concerto performativo em torno do Ciclo de Cantatas “Membra Jesu nostri patientis sanctissima”, de Dietrich Buxtehude, pelo ensemble Les Secrets des Roys, com a participação da bailarina Maria Carvalho.
No último dia do Festival, domingo, 26 de julho, realiza-se, de manhã, na antiga Escola Primária, um ateliê para crianças a partir dos cinco anos, orientado por Susana Quaresma e Diana Matos, uma das novidades da edição deste ano.
Às 11:00, na igreja matriz, tem lugar um “concerto litúrgico” que acompanha “a habitual cerimónia da celebração da palavra” e é protagonizado pela soprano Sara Afonso e o organista Daniel Oliveira.
Às 15:00, também na igreja matriz, realiza-se o segundo concerto de música do Período Galante, num programa dedicado a “Compositores ibéricos e suas influências na segunda metade do século XVIII”, com o Ensemble Ars ibérica, formado por Olavo Tengner Barros (traverso e na direção artística), Alexandre Andrade (traverso), Sofia Nereide Pinto (cravo) e Inês Coelho (violoncelo barroco).