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Filarmónica Recreativa Cortense

Filarmónica Recreativa Cortense

Cortes do Meio, Concelho da Covilhã, Distrito de Castelo Branco

Orquestra do Centro apela a donativos após ficar sem financiamento da DGArtes.

A Orquestra Clássica do Centro lançou uma campanha de recolha de donativos para financiar o projeto cultural “Encontros nas Artes”, que foi aceite pela Direção-Geral das Artes (DGArtes), mas ao qual não foi atribuído qualquer apoio.

A Orquestra Clássica do Centro e as associações Magenta e Talentilicius decidiram abrir uma conta bancária e apelar a donativos por parte de cidadãos, empresas e instituições, de forma a viabilizar o projeto artístico, com um orçamento de 180 mil euros, ao qual a DGArtes não atribuiu qualquer financiamento.

“Procurámos criar um programa capaz. Acreditamos no projeto montado, pelo valor e qualidade que tem e não desistimos de o levar por diante”, disse à agência Lusa a presidente da Orquestra Clássica do Centro (OCC), Emília Martins, mostrando-se esperançosa na própria rede de amigos e simpatizantes da orquestra.

Para Emília Martins, não se pode desistir de “levar o projeto por diante”, sendo necessário tentar “concretizar aquilo em que se acredita”.

O projeto que se candidatou à DGArtes propunha realizar um conjunto de ações “que associam várias formas de expressão de arte”, como a música, pintura ou teatro, em espaços de referência patrimonial da região Centro.

“Quem governa deveria apoiar estas ações que ajudam a valorizar os espaços onde as pessoas vivem. Não devíamos estar a lutar por uma sobrevivência”, critica, considerando que as atividades fazem-se “com grandes dificuldades”.

Apesar de “desistir” não ser uma hipótese, Emília Martins olha com “tristeza” para a atual situação, considerando ser “frustrante” o trabalho dos agentes culturais no país, principalmente daqueles que trabalham fora dos grandes centros urbanos.

“O trabalho de levar a música e a arte ao nosso interior é fundamental. Não é uma questão de guerra de espaços, mas de se querer construir valor e de se descentralizarem as atividades culturais”, salientou.

O projeto contou, para além das três associações culturais, com a candidatura conjunta das câmaras da Figueira da Foz, Mealhada, Sertã, Penedono e Guarda e ainda com as parcerias das autarquias de Coimbra e Viseu, a Universidade de Coimbra, a escola de artes ARCA, os Conservatórios de Música de Coimbra e Regional de Coimbra, o Conservatório de Música David Sousa, da Figueira da Foz, e o Conservatório da Guarda.