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Filarmónica Recreativa Cortense

Filarmónica Recreativa Cortense

Cortes do Meio, Concelho da Covilhã, Distrito de Castelo Branco

Silêncio!... que na Argentina também se canta o fado

Ana Moura atuou pela primeira vez na Argentina durante o 1.º Festival de Fado na Usina del Arte, em junho, no bairro La Boca

Governo Argentino escolheu o 6 de outubro - o mesmo do aniversário da morte de Amália Rodrigues - como Dia Nacional do Fado.

No café em Buenos Aires, aos primeiros acordes do fado de Coimbra, ninguém percebe. Maria Laura Rojas fecha os olhos e começa a cantar. O sotaque pouco se nota durante a canção e só quando termina e agradece ao público nos damos conta de que esta fadista não é portuguesa: Maria Laura é argentina. Com Dulio Moreno, de 30 anos, criou, em 2009, os Almalusa. Apesar de viver no país do tango, Maria Laura diz gostar mais de fado.

"Em minha casa, os meus pais sempre ouviram fado e eu cresci a cantarolar Amália Rodrigues e Carlos do Carmo", explica. Tal como Dulio, bisneto de portugueses e apaixonado pelo fado desde os 12 anos. "Lembro-me de ser muito pequeno e de a minha avó ouvir fado na rádio. Com o passar dos anos fui descobrindo mais temas, mais intérpretes e fui-me apaixonando cada vez mais. Adoro falar português e, quando canto, sinto saudade, sinto o mar e a tristeza de tantos portugueses que tiveram de deixar a sua terra. Quando canto em português sinto a alma inteira de um povo", conta ao DN o argentino que, além de pertencer à comunidade lusa na Argentina, tem o programa de rádio Saudade de Portugal.

Ana Moura atuou pela primeira vez na Argentina durante o 1.º Festival de Fado na Usina del Arte, em junho, no bairro La Boca.

In: DN