Custa a engolir tais palavras, mas acaba por ser o que grande parte da juventude portuguesa acha. Definem a música portuguesa através de baladas melancólicas, fados característicos, e pela repetibilidade de ritmos e melodias que animam as festas de verão de qualquer aldeia portuguesa. Mesmo quando o artista português se depara com a possibilidade de fazer algo diferente e que se enquadra mais no sentido de música moderna e atual, este tem a necessidade de cantar em inglês. Mas a língua portuguesa não é feia. Há sempre aquele maldito hábito de desprezar o que é nosso, porque o que é dos outros é melhor, mas isso são ilusões inconsistentes: a língua portuguesa é extraordinariamente bela e tem bastante valor. Surgem portanto os Sintonizados, 5 jovens estudantes de música que se deparam rodeados por uma comunidade jovem que despreza a música portuguesa cantada em português, antes de tentar conhecer verdadeiramente a sua potencialidade. Surgiu também o interesse em ver isto modificado, até porque tendo a possibilidade de produzir música, mudar a mentalidade de alguém não seria mais complicado.
Nasce então um projeto diferente, aborda o rock e pop, o celta e o folk, tudo conjuntamente em temas únicos, originais, e cantados em português. Da guitarra e baixo ao acordeão, e mesmo até da flauta transversal à bateria; o grupo formado por Fábio Ramalho, Eduardo Filipe, Miguel Ramalho, Cláudio Duarte e Carlos Salvado está disposto a marcar a diferença e deixar registado que afinal é possível produzir algo diferente em português. No final do tudo o que motiva os Sintonizados é uma premissa bastante simples: A música portuguesa é para jovens.
Músicos: