Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Filarmónica Recreativa Cortense

Filarmónica Recreativa Cortense

Cortes do Meio, Concelho da Covilhã, Distrito de Castelo Branco

Estudo indica que ouvir a música de que gostamos não é produtivo.

Ouvir a música de que gostamos não é produtivo, indica estudo -
Ouvir a música de que gostamos não é produtivo, indica estudo

Estudar ou trabalhar ao som da nossa música favorita pode ser um erro. É esta a conclusão de uma empresa que estuda a ligação entre a música e o nosso cérebro.

É polémico, concedemos, e também não é agradável de se saber (ainda que não seja verdade científica): a música que gostamos de ouvir não nos ajuda a produzir. Esta é uma das conclusões apresentadas por Will Henshall, fundador do serviço de música focus@will (não disponível, por enquanto, fora dos Estados Unidos). "Duas em três pessoas ouvem música enquanto trabalham. Porém, 99 por centro da música que ouvem é motivo de distração", defende.
O objetivo da plataforma é ajudar à concentração do indivíduo e à retenção de informação enquanto se trabalha, estuda, escreve ou lê.
"A intuição manda-nos escolher um género musical que ouvimos habitualmente", refere Henshall. Mas o que se deve fazer é, considera, o contrário: "se gosta de jazz, não ouça jazz. Porque o jazz vai ativar dopamina no seu cérebro, o que vai causar distração".
Numa apresentação do "circuito cerebral", Henshall alternou entre rap, rock'n'roll e pop, ao mesmo tempo que apresentou num ecrã imagens de modelos semi-nus, Ferraris vermelhos, pizza e mulheres em topless. Objetivo claro: mostrar que tudo o que é sobrecarga de informação para o cérebro resulta em falta de concentração.
Quando à equação se juntam Facebook, email ou os smartphones, a produtividade está em risco. É por isso, defende a focus@will, que a música instrumental de longa duração, devidamente sequenciada, pode ser benéfica. Por outro lado, a música "excitante" tende a ser criada para distrair e fazer sobressair emoções, não atenuando os sinais cerebrais.
"A maior parte das pessoas só consegue estar concentrada um máximo de 100 minutos contínuos, antes de precisar de fazer um intervalo para se espreguiçar, dar uma volta, beber água ou outra coisa qualquer. Só depois consegue voltar ao que estava a fazer", pode ler-se no site da focus@will.
"Este sistema assiste-o durante esse ciclo de produtividade típico, remetendo-o discretamente para um fluxo de concentração e mantendo-o lá. Trabalha como pano de fundo, acalmando a parte do cérebro que está sempre alerta para o perigo, comida, sexo ou objetos brilantes", refere-se. Os 100 minutos são divididos em cinco fases de 20 minutos cada e "cada trecho musical apresentado apela a funções específicas, aumentando a concentração e o prazer em ler. Características como acorde, intensidade, arranjo, velocidade, valor emocional, estilo de gravação e outros fatores determinam o que é tocado onde e quando".
No final de cada uma das fases, a habituação tende a ocorrer. "É quando o cérebro se habitua a um estímulo e começa a desligá-lo, perdendo a concentração dada pela música". Porém, a tecnologia implementada visa prevenir que este "desligamento" ocorra e procura maximizar a concentração através de todo o ciclo de leitura, sem intervalos.
"Descobrimos que se tocamos sequências específicas de música numa ordem também definida, podemos estender o tempo de concentração até 100 minutos", conclui Henshall.
Se quem trabalha ou estuda estará disposto a ouvir música de que não gosta será outro desafio - mas quanto a estratégias de convencimento o estudo é omisso.

Ler mais: http://blitz.sapo.pt/ouvir-a-musica-de-que-gostamos-nao-e-produtivo-indica-estudo=f86284#ixzz2MYZcae97